Sol em excesso e sem proteção pode causar câncer de pele.
O câncer de pele é o mais frequente tanto nos homens como nas mulheres e corresponde a 30% de todos os tumores malignos registrados no País. A doença resulta do crescimento anormal e descontrolado das células da pele. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) é de 175.760 novos casos para 2017.
Os tipos mais frequentes são o carcinoma basocelular, o carcinoma epidermóide ou espinocelular e o melanoma. O carcinoma basocelular, apesar de mais incidente, é também o menos agressivo. O carcinoma espinocelular tem maior agressividade do que o basocelular e pode dar metástases. O mais raro é o melanoma, que também é o mais agressivo e mais letal dos cânceres de pele pelo potencial de se espalhar (dar metástases).
"A principal causa do câncer de pele é a exposição excessiva ao sol, associada a características clínicas e genéticas como pele clara, olhos e cabelos claros", afirma o Dr. Renato Santos de Oliveira Filho, cirurgião oncológico. "Estudos mostram que a melhor chance de cura está no diagnóstico precoce".
Tipos de câncer de pele
Carcinoma basocelular (CBC) - se origina nas chamadas células basais, na camada mais profunda da epiderme. Na maioria das vezes se apresenta como nódulos brilhantes com aspecto de pérola. Ocorre principalmente as áreas mais expostas ao sol, como face, orelhas, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas. Corresponde a cerca 75-80% dos cânceres de pele. Tem comportamento indolente, de crescimento lento, com altas taxas de cura pela cirurgia.
Carcinoma espinocelular (CEC) – se origina nas células escamosas, que formam a maior parte das camadas superiores da pele. Na maioria das vezes se apresenta como lesões ulceradas. Ele pode acometer qualquer parte do corpo sendo mais comum nos membros superiores (braço, antebraço, mãos). Corresponde a cerca 15-20% dos cânceres de pele. Os tumores maiores podem produzir metástases.
Melanoma – tem origem nos melanócitos (células que produzem melanina). Na maioria das vezes se apresentam como lesões pigmentadas, assimétricas, que cresceram e com cores variadas. Pode surgir em pele normal ou sobre uma pinta pré-existente. Representa menos de 5% dos cânceres de pele, mas é responsável por mais de 85% das mortes por este câncer. Na fase inicial apresenta altas taxas de cura com a cirurgia, cerca de 90%.
A exposição excessiva ao sol sem proteção solar é um dos mais importantes fatores de risco para o câncer de pele.
Pele Clara - Pessoas com menos pigmento (melanina) na pele têm menos proteção contra as radiações UV.
Mais de 100 nevos típicos ou qualquer nevo atípico
Nevo congênito gigante
Idade – Os mais velhos têm mais propensão a apresentar câncer de pele, provavelmente pela exposição ao sol acumulada ao longo dos anos.
Imunossupressão – O uso de medicamentos que suprimem severamente o sistema imunológico, como em pacientes transplantados, aumenta o risco de desenvolver câncer de pele.
Vírus do papiloma humano (HPV) - A infecção com o vírus HPV é um fator de risco para câncer de pele espinocelular, especialmente se o sistema imunológico da pessoa está debilitado.
Tabagismo - As pessoas que fumam são mais propensas a desenvolver carcinoma
de pele, especialmente nos lábios.
O diagnóstico é feito por avaliação clínica e confirmado por biópsia e exame anatomo-patológico. O tratamento varia conforme o tipo de câncer e sua apresentação e pode incluir cirurgias (principal modalidade), terapia fotodinâmica, radioterapia, imunoterapia e mais raramente quimioterapia.
Para prevenir a doença é importante ter hábitos de proteção contra os raios solares. Usar chapéus, camisetas e protetores solares e fazer avaliação médica regular.
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