Conceitos da Prevenção de Câncer

O sucesso da prevenção de câncer se baseia na detecção precoce (prevenção secundária) e na mudança de hábitos pessoais, procurando eliminar fatores causais do câncer (prevenção primária).


A utilização de medicamentos em pacientes sem doença, porém de alto risco para desenvolver câncer, conhecida como quimioprevenção tumoral, está em desenvolvimento, sendo aplicada em estudos clínicos por importantes centros de tratamento de doença maligna do mundo.


A detecção precoce de câncer certamente beneficia o paciente, sua família, a sociedade, bem como quem custeia sua saúde, seja o próprio indivíduo, a empresa em que trabalha ou o Estado.
A maioria dos cânceres apresenta uma história clínica com antecedentes pessoais e familiares que permitem uma seleção inicial (questionário) das pessoas de maior risco que precisam de avaliação clínica. Com uma avaliação clínica direcionada seleciona-se a indicação de exames complementares adequados.
Assim, através dessas três etapas com execução criteriosa e rigorosa (questionário - avaliação inicial, exame clínico, exames complementares) é possível desenvolver um Programa de Prevenção e Detecção Precoce de Câncer eficiente.
Estudos publicados pelo Instituto Nacional de Câncer dos Estados Unidos mostram que o rastreamento de populações de risco aumenta o diagnóstico de tumores em fases sub-clínicas (onde ainda não causam sintomas), e um ganho de sobrevida em relação à população geral.


FUNDAMENTOS E LIMITES DA PREVENÇÃO

1. Permite a detecção de neoplasia (câncer) em fase precoce, aumentando as chances de cura e sobrevida, já que a cura de qualquer tipo de câncer é tanto maior quanto mais inicial é a fase em que são diagnosticados e tratados.
2. Atua em população assintomática que não procuraria espontaneamente atenção médica.
3. A não detecção de câncer não significa que a pessoa nunca venha a desenvolver câncer. Apesar do progresso, existem os limites da medicina, limites dos exames utilizados, e a própria evolução do organismo humano são limitações da prevenção. A negatividade da avaliação inicial não deve ser interpretada como garantia de que essa pessoa nunca virá a ter câncer.


QUEM DEVE FAZER PARTE DE PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE CÂNCER?


  • Assintomáticos maiores que 20 anos (mulheres) ou de 40 anos (homens).

  • Assintomáticos com história familiar de câncer, maiores que 25 anos.

  • Portadores de doença predisponente ao câncer.

  • Sintomáticos sem diagnóstico.


Quem já acompanhou de uma forma ou de outra o tratamento de alguém com câncer avançado sabe o quanto isto custa do ponto de vista econômico, emocional e de qualidade de vida. Sem dúvida alguma, a melhor forma de combater o câncer é através de sua prevenção e detecção precoce, o que permite tratamentos mais simples e curativos.