O câncer de intestino grosso (colo-retal) está afetando uma população cada vez mais jovem. Trata-se do câncer mais frequente do aparelho digestivo. Para sua origem influenciam fatores ambientais (alimentação) e hereditários. Nos países onde a ingestão de fibras é pequena e a ingestão de gorduras, alimentos com aditivos, conservantes e corantes é grande, a incidência deste tipo de câncer é maior. Cerca de 10% desses cânceres são ligados a fatores genéticos. Hoje são reconhecidas famílias com uma tendência maior para desenvolver câncer colo-retal, e através de testes genéticos podem-se definir aqueles que apresentam maior risco. O risco de câncer do intestino grosso é maior em quem tem histórico deste tumor na família. Os sintomas são muito variáveis, como alteração de hábito intestinal e perda de sangue nas fezes. Nem todo sangramento pelo ânus significa hemorróidas.
A colonoscopia é o exame atual mais importante para o diagnóstico do câncer colo-retal. Nesse procedimento é introduzido um tubo flexível no reto do paciente sedado. Esse método permite examinar toda a superfície interna do intestino grosso e, se necessário, fazer biópsias ou retiradas de pólipos, que podem ser precursores do câncer (foto acima). No câncer de reto o diagnóstico pode ser feito no consultório, por meio do toque retal. A pesquisa de sangue oculto nas fezes também tem papel importante na detecção precoce deste câncer.
A prevenção se baseia na alteração do hábito alimentar, fazendo uma dieta equilibrada e balanceada, ingerindo bastantes fibras, vegetais, legumes frescos, cereais e frutas. Deve-se também evitar as carnes defumadas, as assadas na brasa, as gorduras animais, o álcool e o fumo. Pessoas com parentes com câncer colo-retal e aquelas acima de 50 anos, devem fazer avaliações periódicas para detecção precoce deste câncer, que é curado em mais de 70% quando tratado em fase inicial.